Invocando toda a coragem de seus pais na década de 60, marchavam em direção ao Palácio do Planalto. Centenas de estudantes relembravam os tempos obscuros que sucederam ao golpe de 64, enquanto entoavam o canto imortalizado na voz de Geraldo Vandré:
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os tempos eram realmente dificeis, mas aqueles jovens pareciam ter perdido o medo. Deixaram para trás quaisquer que fossem seus temores, e seguiam num só coração pulsante e revoltado. No prédio do governo, o Presidente e seus acessores escutavam, esses sim temerosos, o canto unissono dos revolucionarios que se lançaram de vários estados em busca de um novo futuro.
Nas escolas, nas ruas
Nos campos, construções
Caminhando e cantanto
E seguindo a canção
A marcha chamava atenção, e pouco a pouco os observadores tornavam-se ativos participantes dessa movimentação. Os escandalos escancarados, os altos impostos, a falta de incentivo e as eternas dificuldades do povo brasileiro podiam ser vistos nos olhos úmidos daquelas pessoas. Negros, mulatos, brancos, índios. Não havia cotas. Não havia racismo. Não havia diferença. O que existia era irmandade.
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem saber faz a hora
Não espera acontecer
Alguns políticos, conhecidos por seus escandalos no cenário brasileiro, se juntavam, envergonhados, aos valorosos jovens que os enfrentavam. Outros remoiam solitários suas tristezas, lembrando que há anos eram eles no lugar daqueles estudantes, e agora, os jovens revolucionários da ditadura renasciam em seus corações.
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
E ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
O Senador acorda, e vê-se em seu luxuoso quarto em Fortaleza. Não é dia de ir ao senado. Lágrimas umedecem seu rosto e seus musculos enrrijecidos lembram-no de seu sonho. Ele chora mais uma vez, e em seguida pede o café da manhã ao seu mordomo pago pelo governo.
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Os tempos eram realmente dificeis, mas aqueles jovens pareciam ter perdido o medo. Deixaram para trás quaisquer que fossem seus temores, e seguiam num só coração pulsante e revoltado. No prédio do governo, o Presidente e seus acessores escutavam, esses sim temerosos, o canto unissono dos revolucionarios que se lançaram de vários estados em busca de um novo futuro.
Nas escolas, nas ruas
Nos campos, construções
Caminhando e cantanto
E seguindo a canção
A marcha chamava atenção, e pouco a pouco os observadores tornavam-se ativos participantes dessa movimentação. Os escandalos escancarados, os altos impostos, a falta de incentivo e as eternas dificuldades do povo brasileiro podiam ser vistos nos olhos úmidos daquelas pessoas. Negros, mulatos, brancos, índios. Não havia cotas. Não havia racismo. Não havia diferença. O que existia era irmandade.
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem saber faz a hora
Não espera acontecer
Alguns políticos, conhecidos por seus escandalos no cenário brasileiro, se juntavam, envergonhados, aos valorosos jovens que os enfrentavam. Outros remoiam solitários suas tristezas, lembrando que há anos eram eles no lugar daqueles estudantes, e agora, os jovens revolucionários da ditadura renasciam em seus corações.
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
E ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão
O Senador acorda, e vê-se em seu luxuoso quarto em Fortaleza. Não é dia de ir ao senado. Lágrimas umedecem seu rosto e seus musculos enrrijecidos lembram-no de seu sonho. Ele chora mais uma vez, e em seguida pede o café da manhã ao seu mordomo pago pelo governo.
Thiago M. Lacerda
Sério, manda isso pra algum lugar!!!
ResponderExcluirPretinho, Kazuka... Algum vai publicar! xD
Como sempre: MARA!
Concordo com o Teixeira, até me emocionei aqui! Perfeito, é perfeito!
ResponderExcluirManda pra algum lugar, alguém tem que públicar, e assim que eu conseguir abrir o jornal no colégio, vou pedir sua permissão para pública-lo, pq é exatamente isso que eu estou procurando pra mostrar para esses jovens que não sabem nem o que existiu a década de 60.
Acho que isso se encaixa mais em "crônica".
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