quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Saia na rua e olhe pro céu

Tive um dia dificil. Mas quem nunca teve? Dias dificeis, contudo, podem ser bons. Sim. Podem ser bons quando, após horas de problemas sem fim, uma solução simples e ingênua se lança em nossos braços. Um simples Te amo pode terminar com um dia dificil. Te amos sinceros salvam qualquer dia. Na verdade, o amor salvar qualquer coisa. Salva um dia ruim, uma amizade perdida, um vida inteira errada...
Não são todos que tem a sorte de ter um Te amo para iluminar o caminho. Se estamos nos escuro, e muitas vezes estamos, a voz de que amamos nos guia. E assim, em meio à escuridão, é melhor, pois é no escuro que as estrelas brilham mais...

Thiago M. Lacerda

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Do teu toque suave

Os ventos trazem algo bom
Sinto seu cheiro
Escuto seu som
Uma bela música
Afinada e no tom

Surgindo por entre os acordes
Vejo teus olhos brilhando
E prometo, antes que acordes
Para ti estarei cantando
Pois quando o sol brilha
É bom aproveitar a luz
Caminhar sem rumo
Ir por onde o vento te conduz

Sei que as pedras estarão no caminho
Mas ao teu lado sou forte
Não tenho mais medo de estar sozinho
À Deus agradeço a minha sorte
Por sentir em minha pele todo o teu carinho

Thiago M. Lacerda

sábado, 28 de novembro de 2009

Um tanto quanto verde

O ar de Porto Alegre já carrega aquele cheiro típico de verão. Um aroma de natal, de férias, um aroma verde... Sim, um aroma verde. É a impressão que se tem, quando o cheiro penetra nossas narinas e não se sabe de onde vem, porque na verdade está em todo lugar, na copa de cada uma das imensas e frondosas árvores que embelezam a capital. Há anos não sentía esse cheiro de natal. Coincidentemente, vai ser meu primeiro natal no Passo D'Areia.
Há mais de meia década, esse aroma me fascinava e me acompanhava em todos os fins de tarde, com o pessoal do Morro Santana, jogando volei do lado de casa. O sol se punha, e ainda assim o cheiro verde continuava ao nosso redor, acompanhado das estrelas daquelas noites quentes. Eram dias felizes. Noites felizes. Bons tempos, diriam os nostalgicos. Que não voltam nunca mais, diriam os pessimistas.
Não sei se eu me tornei tão rude que não pude mais perceber essa presença que tanto me acompanhou, ou se realmente o cheiro de férias havia estado fora por algum tempo. Mas sinceramente, não lembro de senti-lo nos ultimos anos. As noites foram mais tão suaves. O volei do lado de casa terminou. Os amigos seguiram seus caminhos, que de vez em quando se cruzam em um "oi, há quanto tempo?" e logo se separam outra vez. Cada um com seu jeito, seus novos amigos, sua vida nova. Talvez o único espaço que tenha sobrado para os amigos de infância seja realmente a memória...
O Morro Santana ficou para trás. Os amigos e vizinhos se tornaram velhos amigos e ex-vizinhos. Mas o aroma voltou, trazido pelo vento. Talvez os ventos tragam algo ainda melhor que o bom e velho cheiro verde. Talvez, a distância possa unir duas vidas...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quando dissestes não

Observava-te em meus sonhos
Um raio de luz
Aquela estrelinha tão pequenina

Teu cheiro perfumava minhas noites
Embriagando-me com teu ser
E embalando meu sono

Sonhava em ouvir-te

Enquanto dormia, ouvia dizer-me
Vem
Me da o teu amor

Acordei

Fez-se o verbo e não pude te ouvir
Não consegui escutar aquela voz
Tão doce com a qual sonhei

Talvez não tivesse sensibilidade suficiente
Pois o corpo calejado já não sabia escutar
A mente cansada não podia compreender
E o espirito rasgado não queria aceitar...

Thiago M. Lacerda

domingo, 8 de novembro de 2009

Alguém que um dia fui

Tenho sob os olhos os restos do teu amor
Os restos de alguém que já fui um dia
Alguém que definhou pela lembrança do sabor
Daquele beijo que nunca mais teria

Os dedos trêmulos revelam o quanto o tempo passou
E mostram a enorme fraqueza em mim
Que o vento ainda não levou
Deixando-me na escuridão, assim

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Por um segundo

Um beijo teu quis roubar
E nos ternos laços da amizade
Meu amor em ti guardar

Por um instante, me ví exitar
Quando na triste realidade
Sentí meu sonho desabar

Era mais uma batalha perdida
Uma cicatriz que arde
Sangrando novamente a ferida

Thiago M. Lacerda

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Crocodilo

Invocando toda a coragem de seus pais na década de 60, marchavam em direção ao Palácio do Planalto. Centenas de estudantes relembravam os tempos obscuros que sucederam ao golpe de 64, enquanto entoavam o canto imortalizado na voz de Geraldo Vandré:

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os tempos eram realmente dificeis, mas aqueles jovens pareciam ter perdido o medo. Deixaram para trás quaisquer que fossem seus temores, e seguiam num só coração pulsante e revoltado. No prédio do governo, o Presidente e seus acessores escutavam, esses sim temerosos, o canto unissono dos revolucionarios que se lançaram de vários estados em busca de um novo futuro.

Nas escolas, nas ruas
Nos campos, construções
Caminhando e cantanto
E seguindo a canção

A marcha chamava atenção, e pouco a pouco os observadores tornavam-se ativos participantes dessa movimentação. Os escandalos escancarados, os altos impostos, a falta de incentivo e as eternas dificuldades do povo brasileiro podiam ser vistos nos olhos úmidos daquelas pessoas. Negros, mulatos, brancos, índios. Não havia cotas. Não havia racismo. Não havia diferença. O que existia era irmandade.

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem saber faz a hora
Não espera acontecer

Alguns políticos, conhecidos por seus escandalos no cenário brasileiro, se juntavam, envergonhados, aos valorosos jovens que os enfrentavam. Outros remoiam solitários suas tristezas, lembrando que há anos eram eles no lugar daqueles estudantes, e agora, os jovens revolucionários da ditadura renasciam em seus corações.

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
E ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

O Senador acorda, e vê-se em seu luxuoso quarto em Fortaleza. Não é dia de ir ao senado. Lágrimas umedecem seu rosto e seus musculos enrrijecidos lembram-no de seu sonho. Ele chora mais uma vez, e em seguida pede o café da manhã ao seu mordomo pago pelo governo.

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Imagine

Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz. Um mundo onde as pessoas não tenham medo de viver e conviver com todos. Parece sonho, ficção. Porque não parece simplesmente... futuro? Sim, futuro. Entendo o espanto. Imagine que não há posses. Eu me pergunto se você pode. Talvez eu não pudesse. Mas o futuro está em nossas mãos. O destino somos nós que fazemos. Então, qual é o problema?
Pense num mundo sem ganância ou fome, uma irmandade dos homens. Eis o problema: Se imaginar é dificil, fazer é pior... Acomodados, deixamos de tentar, de correr atrás de um futuro melhor. Sentados no sofá da sala é que não teremos esse mundo. O futuro não vem até nós. O tempo passa e o passado fica à nossa volta. Imagine que não há nenhum país. Não é dificil imaginar esse mundo onde as fronteiras somos nós que criamos. O limite é a nossa imaginação. Uma só lingua, um só coração pulsante. Imagine todas as pessoas partilhando todo o mundo...


Os trechos em itálico e negrito foram traduzidos da música Imagine, de John Lennon.

Thiago M. Lacerda

terça-feira, 20 de outubro de 2009

De volta às crônicas

Outro dia, sentado num banco em frente ao diretório do prédio 5 da PUCRS, lí uma frase marcante que havia sido pintada também nas paredes do Instituto de Letras da UFRGS. Pra que(m) serve teu conhecimento? Li-a em voz alta, e imediatamente recebí a resposta de um amigo sentado ao lado: Pra poder trabalhar bem e ganhar dinheiro. Como que por reflexo, utilizei-me de uma expressão que aprendí com a minha dinda e que traduz bem o que essa resposta me trouxe. Disse simplesmente "que triste".
Que coisa mais triste pensar que todo o conhecimento que adquirimos durante uma vida inteira serve somente para recebermos pedaços sujos de papel. Horas e horas das nossas vidas por uma tira de papel tingido. Saber que nossos sonhos, nossos castelos e o nosso mundo de encantos onde tudo é belo (como diria Tim Maia) construidos lentamente não nos servem de moradia. Servem pra alugarmos para idéias alheias. Nossos inquilinos tem mais dinheiro, e sem eles não podemos sustentar essa linda mansão que construimos sem a minima utilidade.
Não podemos mais manter nossos ideais. Na verdade, ter uma ideologia já é demodê. Pensar e agir é coisa do passado. É tempo de ser igual. Tornar o mundo uma só massa popular... sem massa encefálica. Que triste...
Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

É assim

Quando estou ao teu lado o tempo pára
A felicidade se estampa na minha cara
Meu coração, alegre, dispara
E até a maior das feridas instantaneamente sara

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dói em mim

Não adianta tentar
Tudo em nós é diferente
O que dói em um
O outro não sente

Aquilo que te ilumina
Só me traz azar
Não passam de cordas
Prestes a me enforcar

O medo que tenho
É te perder
Mas tua maior preocupação
É justamente me ter

Triste saber
Que o queres
É o meu não querer

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Porque me queres assim?

Juro, não foi o que eu quis
Essa escolha, não fui eu que fiz
O que eu queria era um sim
O meu sonho era te ter pra mim
Mas se nossos destinos insistem em nos separar
O que posso fazer, além de aceitar?

Thiago M. Lacerda

domingo, 11 de outubro de 2009

Baile de máscaras

A vida é um baile de máscaras
Cada um com seus detalhes
Seus segredos escondidos
Sob a bela face de ninguém

Eu uso uma máscara fúnebre
Embaixo dela, só o vazio
Simplesmente uma casca
Um nada...

Talvez eu seja realmente
Só a máscara...

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Arlequim

Se pisas em mim
A culpa é minha,
Eu quís assim.
Quis pelo medo de perder
Medo de ver o fim

Mas se depois perguntarem
Valeu ter sido dela um arlequim?
Será com brilho no olhar
e sorridente que direi sim...
Thiago M. Lacerda

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Outra vez

A vida nos torna tão insensíveis
Ao seu próprio toque
Que ficamos desatentos
E não percebemos
Quando o amor bate à porta

Deixe o vento trazer
A verdade aos ouvidos
Deixe a luz lhe revelar
A verdadeira face do amor

Não aceite a cegueira
Que a vida lhe impõe
Pois o sol pode brilhar
Outra vez

Thiago M. Lacerda

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Se queres assim

O que fazer
Se a minha felicidade
Te deixa infeliz?

Posso te dizer
Que a culpa foi tua
E a felicidade estava
na frente do teu nariz

E que o céu
Não brilhou na tua vida
Por um triz

Mas o mais triste é saber
Que o sol não veio pra nós
Porque tu não quis...

Thiago M. Lacerda

domingo, 27 de setembro de 2009

Por entre a vida

O céu escuro lança ao solo gotas de alegria
Essa triste chuva embeleza as árvores solitárias
Que insistem em crescer a frente dos nosso olhos
Suas copas nos privam do céu
E por mais belas que sejam, tornam-se grilhões

Uma borboleta tenta fugir da chuva
Em vão
Não nos protegem da chuva
Essas folhas que impedem a visão

E sobre a grama úmida
Passo o tempo vendo o tempo passar
Observando o céu através
Das frestas que só deixam a chuva cruzar...


Thiago M. Lacerda

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Assalto

Tiraram meu sorriso
Apagaram as minhas lembranças
Arrancaram-me o brilho do olhar

E eu apenas lhes disse;
Tirem me tudo, mas por favor
Não levem a minha dor,
Pois ela foi tudo o que restou
Daquele nosso grande amor.

Daniela S. Silveira

Postado dia 24 de setembro no blog O que ainda restou. Poema mais que perfeito Dani!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O que fizeste comigo?

Após cada queda fico mais calejado
Cada cicatriz me deixa mais insensível
Meu toque é mais rústico a cada tapa

Meus olhos já não choram mais
Meu coração endurece a cada dia
E meus lábios já não proferem palavra

Só não sei até quando
O brilho dos meus olhos sobreviverá...

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Esqueça os amores. Esqueça os problemas. Esqueça os obstáculos. Esqueça o passado. Continue esquecendo os amores perdidos. Esqueça mais alguns amores...
A industria farmaceutica deveria investir nesse ramo...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Deixe o sol brilhar em outros horizontes
Procure outros horizontes onde o sol brilha...

domingo, 13 de setembro de 2009

É isso que me espera?

Andar ao teu lado
Te ver de perto
Mas não tão perto
A ponto de te tocar

Caminhar contigo
Olhar nos teus olhos
E sem pudor nenhum
Começar a chorar

Estar frente a ti
Sentindo tua respiração
Sem poder te abraçar
E apaixonadamente te beijar

Thiago M. Lacerda

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Morre aqui mais um pedaço de mim

Arranquem meus olhos
Doem para alguém que saberá usa-los melhor

Cortem minha lingua
Poderá ser mais util pra outra pessoa

Levem meu corpo e deixem com alguém que saiba usa-lo
Ou então simplesmente atirem aos peixes

Mas meu coração,
Esse coloquem entre a lenha
Acendam fogo e deixem queimar
Lentamente, até sobrarem só as cinzas
E lancem então toda essa poeira no ar
Até que não sobre um grão sequer...

Thiago M. Lacerda

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E no fim?

Um mundo em crise
Uma vida prestes a desabar
Os olhos que me observam
Não tem poder para me ajudar

Já não são mais as mesmas gargalhadas
As noites não trazem o mesmo prazer
A pessoas não estão mais encaixadas
Se eu não posso me ajudar, quem vai poder?

Tudo bem que a esperança é a ultima que morre
Mas no momento em que isso acontece
É cada um por sí, ninguém sabe pra onde corre
E nas mãos do destino alguém padece...

Thiago M. Lacerda

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Se há sorte eu não sei, nunca ví

Muita coisa aconteceu desde a última "página do diário". Os últimos poemas são as marcas que restaram de tudo que se passou. Espero que as únicas marcas... Escrevo nesse exato momento da biblioteca da PUC, e regido sob esse silêncio funebre, penso no que vai ser daqui pra frente... Ao leve som de respiração, penso nas inúmeras tentativas. A última tão certeira, tão precisa, tão empolgante, tão errada... Cair é sempre fácil. Mas a cada queda fica mais dificil levar. Fica mais dificil querer levantar. A última queda me machucou bastante. Não pelo sentimento envolvido, mas sim pela surpresa. Não esperava que o tropeço fosse tão rápido e tão doloroso. Talvez nem esperasse que ele viesse... E agora, cá estou, no chão, sentindo nas costas o frio da calçada. Nos olhos só o reflexo da tempestade que cai sobre a minha cabeça. Reflexo nos olhos... Um dia pensei em perguntar: "Isso ai nos teus olhos é o reflexo de um poema meu?". Não era. Talvez fossem só as estrelas, e eu certamente não era uma delas. Não sou. Nunca fui.
Tudo tão rápido e desesperador. Num minuto a minha imagem estava gravada no céu, e noutro queimava sob o solo. Há quem diga que isso se chama destino, e que tudo acontece por um motivo. Há quem diga que isso se chama poder divino, e que Ele lá em cima nos guia pelo melhor caminho. Eu digo que isso é azar. Falta de sorte, como queira chamar. Seja o que for, destino, Deus, sorte... Não está me acompanhando agora...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Preciso dizer mais?

Até quando tudo está certo acaba errado...

Noite sem estrelas

Lembro de ti ao ver as estrelas
Mas a minha noite está escura
Aqueles sonhos brilhantes
Que pareciam cada vez menos distantes
Subitamente se apagaram
E em queda livre me lançaram
O que fazer? O que dizer?
Nada mais importa
Já não importa nem quem errou
Só importa o fim que levou

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Estúpido

Tenho medo...
Medo de morrer
De viver
Medo de ter medo
Medo de perder o medo

Medo de amar
De chorar
De sair do lugar

Meu medo se espalha no ar
Seguindo esse medo
Não sei onde vou parar...

Thiago M. Lacerda

domingo, 23 de agosto de 2009

Aquele que por último pisou nesse chão

Muito tempo se passou
E após cada queda
Levantar se tornava mais dificil
As feridas nunca cicatrizaram
E pouco a pouco foram tomando
O espaço onde antes só se via vida

Agora não há salvação
O medo já entrou no coração
O tempo escorre de minha mão
E a minha volta, todos seguirão...

Morre então,
Sob lágrimas salgadas
Aquele que viveu na contra-mão
O último romântico
Que conseguiu pisar nesse chão

Thiago M. Lacerda

Dê as costas

Jogue fora tudo que o mundo lhe deu
Pise no sentimento alheio
Cuspa nos seus próprios sentimentos
Dê as costas ao ombro amigo
Bata na mão que lhe deu apoio

Não tenha medo de errar
De magoar
Muito menos de chorar
Não tenha medo de fazer alguém chorar

Não se importe com nada
Mas tenha certeza,
Quando o mundo acabar
Você vai querer ver as estrelas...

Thiago M. Lacerda

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um pouco de imaginário no real...

Esta fábula ficou mais conhecida quando foi divulgada por Ronald Reagan, nos anos 70, quando era presidente dos Estados Unidos e, reduzindo a carga tributária, conseguiu aumentar a arrecadação nos EUA.

Esta é a estória da galinha vermelha que achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:

- Se plantarmos trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?
- Eu não. Disse a vaca.
- Nem eu. Emendou o pato..
- Eu também não. Falou o porco.
- Eu muito menos. Completou o ganso.
- Então eu mesma planto. Disse a galinha vermelha.

E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.

- Quem vai me ajudar a colher o trigo? Quis saber a galinha.
- Eu não.. Disse o pato.
- Não faz parte de minhas funções. Disse o porco.
- Não depois de tantos anos de serviço . Exclamou a vaca.
- Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego. Disse o ganso.
- Então eu mesma colho, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma.

Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.

- Quem vai me ajudar a assar o pão? Indagou a galinha vermelha.
- Só se me pagarem hora extra. Falou a vaca.
- Eu não posso por em risco meu auxílio-doença. Emendou o pato..
- Eu fugi da escola e nunca aprendi a fazer pão. Disse o porco.
- Caso só eu ajude, é discriminação. Resmungou o ganso.
- Então eu mesma faço, exclamou a pequena galinha vermelha.

Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta.

De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço. Mas a galinha simplesmente disse:

- Não, eu vou comer os cinco pães sozinha.

- Lucros excessivos!. Gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista! Exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais! Bradou o ganso.

O porco, esse só grunhiu.

Eles pintaram faixas e cartazes dizendo Injustiça e marcharam em protesto contra
a galinha, gritando obscenidades. Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha vermelha:

- Você não pode ser assim egoísta...

- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor. Defendeu-se a galinha.

- Exatamente.. Disse o funcionário do governo. Essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser, mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada.

E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha vermelha, que sorriu e cacarejou:

- Eu estou grata, eu estou grata.

Mas os vizinhos sempre perguntavam por que a galinha, desde então, nunca mais fez
porra nenhuma... Nem mesmo um pão



Esta fábula deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas brasileiras.
Quem sabe, assim, em uma ou duas gerações, sua mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-socialista, que insiste em assombrar nosso país e condená-lo à eterna miséria.

Qualquer semelhança desses bichos com alguns abaixo é mera coincidência:

Sem-Terra,
Sem-Teto,
Quilombola,
Com Bolsa-Escola e Sem Escola,
Puxa-sacos,
Cotistas,
Com indenização de Perseguido Político,
Sem bosta nenhuma,
Sem Vergonha...

Autor desconhecido

domingo, 16 de agosto de 2009

Via Láctea

Porque dentre tantas estrelas no céu,
Temos que nos fascinar por uma
E apenas uma?
Aquela que aos nossos olhos brilhas mais
É aquela que está mais longe da mão
É aquela que nunca vai sair do coração...
Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O que me trazes!?

Trago comigo os estragos do teu amor
Por entre os dedos
Se vê a saudade de ti
E em baixo de cada fio de cabelo
Está o medo de te perder
No reflexo triste dos meus olhos
É visível o mal que o tempo me fez

Mas assim como o amor e ódio andam juntos
Meu mal está lado a lado com a minha felicidade
E nenhum obstáculo vai findar o meu caminho...

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Medo

Se um dia sentir um vulto deplorável ao seu lado
Não se preocupe, sou eu

Quando escutar o barulho do vento entrando pelas frestas
Não se preocupe, sou eu

No exato momento em que perceber que a noite se estende
Não se preocupe, sou eu

Mas se alguma vez você sentir um aperto no peito
Um arrepio cruzar seus braços
Um nó na garganta
E as veias do pescoço latejando
Tenha muito medo, pois estarei em ti...

Thiago M. Lacerda

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Caos

A chuva não está caindo
A noite está lá fora
O vento não me ataca
E o frio não me alcança
Então porque o medo ainda está aqui?

Não escrevo numa manhã fria e solitária
Tampouco caminho sob a luz da lua
E mesmo sentado no calor do meu quarto
Ele consegue entrar pelas frestas
Atravessar as portas e paredes
E me atacar no peito

Não sei o que faço
Fugir pode não ser mais a solução
Assim como encarar pode me deixar no chão
E não sei se dessa vez posso levantar...

Thiago M. Lacerda

terça-feira, 28 de julho de 2009

Que venha o tempo!

Não sei se tenho tempo
Não sei se tenho força
Não sei se tenho vontade
Já nem sei quantas vezes
Ainda conseguirei levantar

Quantas rasteiras
Ainda estão por vir?
Quantas pessoas
Ainda verei partir?

Já cansei de fingir
Não quero um mundo
De máscaras e grades
Quero viver a vida
Com amor e vontade...

Que venha uma nova era!
Ou que os velhos tempos
nos enterrem sob uma
montanha de memórias...

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Simples assim

So long
It was so long ago
But I still got the blues for you

So many years
Since I seen your face
But here in my heart
There's an empty space
You used to be

Trecho da música Still got to the blues, de Gary Moore


A vida nos ensina tantas coisas:
Ensina a caminhar
Ensina a viver
Ensina a falar
Pena que não nos ensine
A amar...

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do amigo é todo dia!

Não é preciso um dia para se dizer eu te amo. Não existe data certa para demonstrar afeto. Não existem regras para se fazer amigos. Existe simplesmente a amizade: um sentimento que paira no ar. Que passa por nós e leva embora a tristeza, e como o vento, toca todos que estão abertos a ela. Quem tem amigos nunca está sozinho. Aquele que sabe cativar as amizades nunca estará sozinho. Não importa quantos problemas batam à porta. Não importa quantos problemas derrubem a porta! Sempre vai ter alguém ali pra te ajudar a segurar. Esse alguém vai encarar os obstáculos de frente, mesmo que ele não precise. E o mais importante: Ele vai estar lá.
Amigos não são aqueles que estão alí pra vender conselhos ou ir pra festa. Amigos são aquelas pessoas que te guiam quando te vêem sem rumo, te iluminam quando sabem que estás no escuro, te alegram quando estás triste, que se não conseguirem solucionar o teu problema se jogam contigo, que se não tiverem uma palavra de conforto, permanecem em silencio, mas sempre ao teu lado.
Essa é uma homenagem a todos aqueles que me confortaram, se jogaram comigo ou pelo menos estiveram em silencio ao meu lado. Muito obrigado a TODOS!

Condição
Lulu Santos

Eu não sou diferente de ninguém
Quase todo mundo faz assim
Eu me viro bem melhor
Quando tá mais pra bom que pra ruim
Não quero causar impacto
Nem tampouco sensação
O que eu digo é muito exato
E o que cabe na canção, né não?


Qualquer um que ouve entende
Não precisa explicação
E se for pensar um pouco
Vai me dar toda razão
A senhora, a senhorita e também o cidadão
Todo mundo que se preza
Nega fogo não

Eu não sei viver sem ter carinho
É a minha condição
Eu não sei viver triste e sozinho
É a minha condição
Eu não sei viver preso ou fugindo



sexta-feira, 17 de julho de 2009

Rápida visão

Quem é ela que conseguiu
Com apenas alguns passos
Me acordar de um sono profundo?
Sentí seu perfume doce
Ao passar pelo meu lado
Ela cruzou meu caminho
E seguiu, com seu andar altivo
Seus cabelos dourados e ondulantes
Me enfeitiçaram a tal ponto
Que simplesmente a segui
Seu rosto ficou na minha memória
Mas não posso descreve-lo
Tão angelical era sua face
Segui-a por um bom tempo
Não sei exatamente quanto
Mas sei que em um dado momento
Senti vontade de ir ao alto
De voar alto
De gritar alto
Gritar seu nome
Chama-la a qualquer custo
Mas isso não pude
Pois seu nome
Eu não sabia...

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Desce o manto da memória

A chuva fina traz lembranças
Lembranças que nunca existiram
Saudade dos que nunca vieram
Saudade dos que partiram

Não sei se eles que se foram
Ou se eu que fiquei pra trás
E não importa, porque nada traduz
O sentimento que a chuva traz

Sob a luz fraca posso ver o choro do céu
Garoa fraca, nó na garganta
Aperto no peito, noite que encanta
Só me fazem chorar por essas palavras que serão jogadas ao léu...

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Feridas

Novamente cruzo a noite
As pessoas que passam ao meu lado
Não passam de meros vultos
As luzes que se lançam contra mim
São como facas que rasgam minha carne
Deixando à mostra cada uma das minhas mágoas

Encontro um rosto amigo
As pessoas não param de passar
- Não passam de estranhos pra mim -
Aquele sorriso conhecido se vai
Mas as feridas e as luzes continuam ali
Enquanto minhas máguas escorrem
E se misturam às lágrimas antes de alcançarem o chão

A visão foge
O chão foge
O calor foge
Mas não me permito tombar...

Thiago M. Lacerda

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Milhões de vidas pelo cachimbo

Como pode um país inteiro desabar sob o poder de uma droga? O que faz com que aproximadamente 8,5 milhões de km² sejam dominados pelo crack? Uma pedra. Uma substância que em pouquíssimos anos se lançou das favelas para os bairros nobres, das capitais até o interior do país. Ele está em todo lugar e só nós temos o poder de vence-lo.
Pessoas que até então levavam uma vida completamente normal são de repente encontradas na rua, desesperadas, de olhos arregalados e olhar vazio, procurando de qualquer maneira arranjar algum dinheiro. Qualquer dinheiro serve, se ele puder pagar uma mísera pedra, já é lucro. Falso lucro. Na verdade, esse cidadão que percorreu as ruas escuras da cidade durante toda a noite, procurando e roubando dinheiro e pertences alheios e perdendo-os em minutos para as bocas de fumo em troca de migalhas de crack estão comprando seu atestado de óbito. Nenhuma droga é boa, o próprio nome já diz, mas o crack não dá tempo. O crack dificilmente permite a volta. Usuários de crack se tiverem sorte, vão para a cadeia. Os casos mais raros são abrigados em clinicas que irão ajuda-los a seguir o caminho de volta. Mas o destino certo da maioria desses homens e mulheres, as vezes até crianças, é o caixão.
E o pior de tudo, é que o crack não afeta somente quem toca no cachimbo. O crack esmigalha as familias de seus usuários. É por causa do crack que vemos todos os dias na televisão mães banhadas em lágrimas, algumas vezes em sangue. É por causa dele que vemos familias tendo que acorrentar seus filhos e irmãos, sempre de corações partidos. O que é ainda mais triste é que não estando sob o efeito da droga, o usuário é uma pessoa normal. Na maioria das vezes um filho carinhoso. Um irmão dedicado. Um pai preocupado com sua familia. E ele tem plena consciencia do seu problema, mas seu corpo já não permite que a mente mande. A mente quer sair dessa vida. O corpo pede mais crack.
Não vale a pena experimentar. Você prefere uma vida com um suposto vazio minusculo por nunca ter provado do crack, ou uma vida vazia por completo? Eu não me arrisco...

Thiago M. Lacerda


O que me motivou a fazer este texto, além do vídeo postado abaixo, foi a vivencia de um primo meu, que ainda hoje tem um grande lugar no meu coração, e que tristemente eu vi ele saltar de uma droga a outra, e decair cada vez mais. Tentar se ajudar. Ser ajudado


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Até quando?

Do amoroso esquecimento

Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Do contra

Como a vida é curiosa e imprevisivel... É opinião geral que o fato de estudar e se preparar para uma prova aumenta muito as chances de um estudante, ou no meu caso, de um vestibulando. Crescí ouvindo que quem não estuda sempre se dá mal. Inclusive, há algumas semanas, durante uma palestra (e quem leu meu caderno sabe do que estou falando) escutei a seguinte frase:

"Pense num vestibulando que não estuda. Só quer festa e nunca pára pra estudar. Ele passa no vestibular? Não passa!"

Eu sou a prova viva de que isso é mentira... No último verão, fiz a prova do vestibular em três instituições: UFRGS, PUCRS e IPA. Passei somente no IPA, e por inúmeros fatores, acabei não ingressando no curso. Vale lembrar que apesar de não ter estudado um minuto sequer para a prova, eu estava com todo o ensino do colégio ainda "fresco" na memória.
Decidí prestar o vestibular de inverno na PUCRS, e através da nota no ENEM, participei do vestibular da Unisinos. Após a primeira prova da PUCRS, no sábado, fui direto para o CLJ, e de lá, para a casa do Nando, onde junto com o Nícolas, o Magainn e o Maozinha, joguei playstation 2 a madrugada inteira. Cheguei em casa aproximadamente às 9h30min. Dormí até as 12h e novamente fui para o campus na Av. Ipiranga. Dessa vez, adentrei a sala 207 do prédio 50 com o violão nas costas, e antes que o tempo mínimo se esgotasse, já havia terminado a prova. De lá, fui pra praça, e cheguei só a noite em casa... Estava relaxado. Despreocupado. Obviamente sem estudar, e sem entrar numa sala de aula (exceto do curso de Web Design) há mais de meio ano.
Pois é, passei em ambos os vestibulares... Digam-me agora que colar o nariz nos livros e copiar até o som da respiração do professor é NECESSÁRIO pra se passar no vestibular. Digam-me isso, e desmentirei com o maior prazer e imensa certeza...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Flashback

Anos atrás o pai de uma amiga minha, pelo qual tenho imensa consideração, me disse que eu tinha que ser mais criança. Hoje eu concordo... Não, eu não estou querendo recuperar nenhum tempo perdido, e não, eu não perdí minha infância. Mas uma coisa que me veio na mente esses dias foi que durante muito, muito tempo, eu deixei minha face real de lado. Não que eu fosse cínico, mas eu nunca gostei de expor minhas fraquezas... Sempre tentei ser o cara forte, que não tem medo, que sabe tudo. Com o tempo isso foi passando, e nos últimos dias percebí o quanto é bom não ter vergonha de ser infantil, de ter medo, e de dizer o que sente pelos outros.
Comparando o Thiago de hoje com o Thiago de quatro ou cinco anos atrás, me sinto feliz. Percebo claramente a minha evolução não só física, mas psicológica principalmente. Eu, que achava que já era maduro apesar dos meus doze anos, vejo enfim o quanto eu ainda podia e devia mudar. Hoje, sou um Thiago com medos, amores, desejos, infantilidades e arrogancias. Não tenho mais medo de expor meus medos. Não tenho mais vergonha de dizer eu te amo. Com certeza, ainda tenho muitos problemas. Mas me sinto mais livre...
E com certeza, não foi sozinho que eu consegui tudo isso...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Até que provem o contrário

Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.
Mc 9, 23
Quem tiver dúvida, que tente. Eu estou tentando...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Levanta-te e anda!

Sob o triste chacoalhar do ônibus
Percebo que nem tudo é tão belo
A realidade cai sobre minha cabeça
E não tenho força para juntar meus pedaços
Tento me levantar
Mas o chão foge aos meus pés
Tento enxergar
Mas meus olhos estão úmidos

Escuto um homem gritando
"Levanta-te e anda!
Nada é tão triste assim"
Tenho lá minhas dúvidas...

Thiago M. Lacerda

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Nem vou falar do filtro solar...

Acabei de ler uma frase do Papa João Paulo II e um texto no Imaginando!, blog do Nando, e percebí nela uma realidade que transcende as leis da Igreja Católica ou qualquer outra religião... É algo que não deve ser feito só por cristãos, ou muçulmanos, ou judeus, ou ateus, ou qualquer que seja o credo... Esse texto traz uma enorme lição de moral, que deveria reger a vida dos nossos jovens. Somos os adultos de amanhã, e em pouco tempo nós lideraremos as sociedade. Precisamos de responsabilidade. Precisamos de amor ao próximo. Mas precisamos principalmente saber aproveitar a vida sem estragar nosso futuro.
Beba. Não fique bêbado. Se divirta. Não se divirta às custas dos outros. Gaste seu dinheiro com seu lazer e suas responsabilidades. Não gaste seu dinheiro comprando doenças e problemas em forma de cigarros, balas, pó ou pedra...
Nós podemos tornar a nossa vida e a vida de quem está ao nosso redor muito melhor. Está também em nossas mãos a vida de quem ainda nem chegou ao mundo. Façamos desse mundo um bom lugar para nossos filhos e netos. Façamos desse mundo um bom lugar para nós...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Nada explica!

Juro que queria dizer exatamente como foi o meu feriado... Mas eu não conheço nenhuma palavra que expresse tudo que eu sentí nesses três dias. Chorei, ri, pulei, me concentrei, conversei, me calei... A vida tem me mostrado que estou errado. Costumo esperar pouco dela... E as vezes, ela me surpreende... Ultimamente, muitas vezes...

Vou direto ao próximo assunto: Outro poema... Escrevi-o durante o primeiro desses três maravilhosos dias... Talvez o unico deles que realmente tenha seguido minhas expectativas. Ei-lo aqui:

Em cada esquina...

Não sei fechar os olhos
Minha escuridão não é só minha

Minha escuridão se esconde sob a luz
Luz de todos

Embaixo de cada fagulha
Atrás de cada resquício de luz
Em cada esquina mal ilimunada
Lá está um pouco de minha sombra

Embaixo dessas letras
Acabastes de decobrir um pouco desse vulto...

Thiago M. Lacerda

terça-feira, 9 de junho de 2009

Espero que um dia as máscaras caiam...

Hoje, enquanto caminhava na chuva da manhã, lembrei-me de um poema que escreví há algumas semanas. Esse poema, originalmente, levava no título o nome de uma menina, que prefiro não citar aqui. Portanto, modifiquei alguns trechos (mais precisamente os versos 3 da segunda estrofe, e 1 e 2 da terceira estrofe), assim como o título. Eis então este trabalho mascarado:

Menina

A vida as vezes nos deixa marcas eternas
Podem ser torturas cruéis
Ou as lembranças mais terna

Não sei dizer ao certo qual dessas, em mim ficou
Podem até dizer que é impossível
Mas acho que essa menina, o bem e o mal me marcou

Levo tatuada no coração
Uma letra que me aprisiona
E me priva de toda a razão

Marcada a fogo
Fogo da paixão
Essa cicatriz
Não é só mais uma sensação

É uma marca
Que só o tempo cura
E muitas vezes
Pra sempre dura...

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um dia lindo pra sair de casa e andar sem rumo

Um dia lindo. Belas e alvas nuvens no céu azul límpido. Brisa leve no ar... Mas dentro de mim, ainda chove. Confesso, ao te ver fico sem ar. Meu coração nublado sofre com os ataques incessantes das trovoadas do amor e do vendaval da paixão. Lá fora, o sol continua a brilhar...

Thiago M. Lacerda

Meu partido é o coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito...
Cazuza

domingo, 7 de junho de 2009

Pra quem pode...

Dançar espanta os males. Faz a gente esquecer de tudo ao redor. Dançar é muito bom. Dançar é excepcional... Não pra quem não sabe dançar...

Thiago M. Lacerda

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Uma receitinha rápida

Unte uma bandeja com bastante hipocrisia e alegria. Complete-a até a borda com duas xícaras de ignorância, três colheres de mentiras e falta de caráter à gosto. Mantenha em local arejado, sem camisinha, métodos contraceptivos e nem educação. Espalhe bastante funk e axé por cima e pronto. Temos ai um brasileiro típico. Simples e rápido de fazer.
Voltaremos...

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Quem é que paga os colchões queimados?

O assunto do momento é a crise do sistema judicial e penitenciário. Piada. Todos sabemos que o judiciario brasileiro está seguramente entre os piores do mundo. Seguramente, esta aí uma palavra que não tem relação nenhuma com esse texto, afinal, segurança, definitivamente, é algo que não temos nesse país. Mas ainda com segurança posso dizer que a grande culpa dessas máquinas governamentais que deveriam nos protejer estarem falidas são os Direitos Humanos. Espantem-se, ou não. Gostem, ou não.
Vejam com clareza: Um cidadão é assaltado na rua. O ladrão leva-lhe o carro, que custa em média R$18.000,00. Logo mais, esse mesmo ladrão é perseguido pela policia, destrói o carro roubado, que não tinha seguro, e em seguida é preso. O cidadão acabou de desistir de ter seus R$18.000,00 de volta.
Na penitenciária, os bandidos vivem sem gastos, ganhando comida, luz, água e visitas, mesmo que não seja da forma mais digna, bonita e limpa. Quem paga tudo isso é o governo. E quem paga o governo é você, eu, o cidadão que teve o carro roubado e todos o povo brasileiro que não sonega impostos. Ou seja: Nós sustentamos a pãe de ló os bandidos que antes levaram nossos bens.
Não seria mais interessante para nós, povo de bem, que os presidiários se sustentassem? Que pagassem o máximo possivel suas próprias penas? Que trabalhem então! Façam e arrumem estradas sob o olhar vigilante e pulso firme de bons policiais. Virem massa e empilhem tijolos pra construir prédios públicos. Rachem lenha. Carreguem pedra. Diminuam os custos do governo em troca do sustento!
Mas não, os Direitos Humanos não permitem nada disso. Não permitem que os presos fiquem sem colchão, sem roupa, sem comida. Se quiserem, podem queimar um colchão por dia. Cem por dia se quiserem! Porque o governo deverá seguir os Direitos Humanos e comprará sempre colchões novos, mesmo que os estragados tenham sido usados em rebeliões ou quaisquer atos contra o próprio governo.
Absurdo? Não. Brasil...

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Roubando idéias do vinil

Agora é oficial: MEGA-CRISE DE CRIATIVIDADE! To cada vez pior... Não conseguí nem acabar a música cuja estrofe postei aqui anteriormente...

Enquanto as idéias não voltam pra essa mente vazia e pra esse coração partido, vou deixando idéias alheias...

Long Plays
Pública

Já mudei tudo de lugar
Inventei muitas frases pra dizer
Mas mesmo assim eu ainda estou só!

Já comprei todos Long Plays
Dos artistas que você sempre gostou
Mas mesmo assim eu ainda estou só!

Eu não vou nem ligar se você me disser
Que não vai mais voltar
Eu não vou nem ligar se você me julgar
Mais um cara vulgar
No fundo desse poço achei
Algo que valha a pena

(Long Plays)

Já roubei muitos corações
Com as canções mais nervosas que o mundo há de ouvir
Mas agora estou só
E não pense que é tão ruim
Sendo só os meus discos posso ouvir e ser feliz
Bem longe de ti

Eu não vou nem ligar se você me disser
Que não vai mais voltar
Eu não vou nem ligar se você me julgar
Mais um cara vulgar
No fundo desse poço achei
Algo que valha a pena

No fundo desse poço achei
Algo que valha a pena

No fundo desse poço achei
Algo que valha a pena

domingo, 31 de maio de 2009

Nocaute...

Nostalgia nem sempre é divertida... Menos divertidas ainda são as lembranças que vêm sem bater na porta, e quando chegam, te derrubam em poucos instantes. Uma dessas lembranças me derrubou hoje, sem piedade e nem sutileza. Não sei nem se posso chmar de lembrança. Como posso me lembrar de que(m) nunca tive? O sentimento sim, esse já é conhecido. Tudo se repetiu: Os olhos tentando enxergar os mais longe possivel. Tentando enxergar algo que fugisse daquela realidade. Os dedos frios e trêmulos. Um nó na garganta e um forte aperto no coração, que ainda pulsava...

Alvejado

Se tivesse asas, de tudo fugia
buscava um lugar onde encontrasse alegria
Mas, juro, eu não sabia
Que o amor, como flecha, nos abatia

Se pudesse dar um conselho, seria:
Não ame!
Seria hipocrisia
Faça o que digo. Não faça o que eu faço

Na verdade, se tivesse tal força
Não estaria com este nó
Que fecha minha garganta e meu peito
Talvez, nem estivesse assim, só.

Thiago M. Lacerda


Fica ai o poema... Alguns sabem exatamente a situação descrita pelo texto e que serviu de inspiração para o poema. Talvez, um dia, todos saibam. Ou, se puderem, esqueçam...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Abra seu peito em direção aos canhões!

E continua a minha falta de criatividade...

Afinal de contas
O que nos trouxe até aqui?
Medo ou coragem?
Talvez nenhum dos dois!

Trecho de Armas químicas e poemas - Humberto Gessinger


Escreva a sua história na areia da praia,
Para que as ondas a levem através dos 7 mares;
Ate tornar-se lenda na boca de estrelas cadentes.

Conte a sua história ao vento,
Cante aos mares para os muitos marujos;
cujos olhos são faróis sujos e sem brilho.

Escreva no asfalto com sangue,
Grite bem alto a sua história antes que ela seja varrida na manha seguinte pelos garis.

Abra seu peito em direção dos canhões,
Suba nos tanques de Pequim,
Derrube os muros de Berlim,
Destrua as cátedras de Paris.

Defenda a sua palavra,
A vida nao vale nada se você nao viver uma boa história pra contar.

Pedro Bial

Queria parabenizar o time do Inter, que venceu o time do Coritiba e o juiz Sálvio Espíndola ontem a noite, e também saudar o treinador René Simões por seu infeliz e erroneo comentário em relação ao colorado, antes do jogo:

Quem muito ganha está perto de perder

terça-feira, 26 de maio de 2009

Promessas...

Ai ai... Acho que estou no meio de uma crise de criatividade -.- Não tenho tido idéias legais pro blog... Então, enquanto não penso em nenhum texto legal ou mais produtivo, vou postando, simultaneamente à sua criação, uma música que estou escrevendo... Ainda não tem nome, e a única parte pronta é a primeira estrofe, que diz assim:

Não, eu não sei mais o que dizer
Já não sei pra onde correr
O tempo passou e eu nem percebí
Você se foi e só então sentí
Que o mundo se fechava ao meu redor



A idéia dessa música surgiu, pra variar, numa conversa com a Camila... Tem uma temática bem interessante, que ta aparecendo nos versos seguintes, mas que só vou postar outro dia, porque ainda não estão completamente prontos...
Bom, acho que vou contar mais um dos causos né... Deixa ver... O do Nero...

O Nero era um primo mais velho do pai. Já moço, ele passava à cavalo por uma picada, durante a noite, quando escutou o barulho da grama. Olhou pros lados e nada. De novo o som. No momento em que reconheceu um vulto como a aorigem do som, descarregou algumas balas do revólver. Mas o vulto continuava ali. O cavalo já não queria mais continuar, e em cima do barranco, o vulto continuava a se aproximar. Foi quando finalmente o cavalo seguiu em frente, e aquela "coisa" ficou pra trás.
Dizem que toda vez que o Nero passava por aquele lugar, a assombração acompanhava ele. Por várias vezes o revolver era descarregado, e nada acontecia. Dizem até que a assombração montava no cavalo e ia com ele um bom trecho, e inclusive tirou o chapéu dele numa noite, e só com o dia claro que ele o achou...


Esse causo foi curtinho, mas eu ainda vou pedir pra vó contar mais uns pra eu postar aqui ^^

Ah, quase que eu esqueço... Fui hoje na apresentação do Teixeira lá na Arena do Celim... Xera, parabéns, tu gasta!!!!!!!!! Tri bacana^^

Bom, acho que vou tentar trocar de caminho pra ir pro curso... Caminhar todo dia do lado da redenção já não me inspira mais -.- E terminho por aqui. Prometo que até o fim da semana eu escrevo alguma coisa decente :p

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Timidamente vem...

Estava enterrado em uma calorosa conversa com a Camila, quando timidamente surge um verso:

Somos sim, e só o tempo dirá se é bom ou ruim...



Algumas linhas de conversa depois, eis que ressurge a rima, com algumas adições:

Somos sim. E só o tempo dirá se é bom ou ruim. Talvez, ninguém nunca saiba e nós, provavelmente, só saibamos no fim...



Mais alguns minutos, e nasce então um poema, vindo do mais fundo dos corações partidos...

Do fundo dos corações partidos

Amamos amar
Somos apaixonados pela vida
Somos admiradores do mar
Gostamos até a situação mais sofrida

Aprendemos com nossos erros
Mesmo que pra isso, precisemos errar
Uma, duas, três vezes
Sempre a cair e levantar

Amantes da existência?
Somos sim
E só o tempo dirá se é bom ou ruim
Talvez, ninguém nunca saiba
E nós, provavelmente, só saibamos no fim...

Thiago M. Lacerda



Amoure, nossa conversas estão cada vez mais produtivas né :p

domingo, 24 de maio de 2009

Acendem-se as velas do passado...

Nem ia postar nada hoje. Tava totalmente sem idéia. Mas graças a uma queda de luz, cá estou... Vou explicar melhor....

Há aproximadamente 1h atrás, estava eu conversando com a Karine, com a Camila, Chaves e não lembro mais quem, quando faltou luz aqui em casa. No inicio, não gostei, afinal, minhas conversas foram cortadas ao meio... Decidi ir pra sala, com o pai, a mãe a Larissa. Lá, eu e a minha irmã pedimos pro pai contar os causos lá da serra... Quando ele começou a contar, me lembrei de uma cena que se repetiu durante um bom tempo, há pouco mais de uma decada. Quando eu tinha lá meus 4 anos... Chegava a noite e eu deitava na cama do pai e da mãe, e pedia pra ele contar causos. Eu dormia escutando histórias bem incomuns, diferentes das histórias do sací ou do lobo mau... Escutava a história do Sultério, do Lobo Guará e do Velho Tuta e da assombração que atacava o Nero... Decidi então colocar algumas dessas histórias aqui no blog... vou começar com a do Sultério, que aconteceu com a minha vó e as irmãs dela...

Diz que quando a minha avó era guria, ela e as irmãs dela tinham que ir, à tardinha, buscar as vacas num campo bem longe da casa delas. Numa dessas vezes, enquanto elas caminhavam, já ao escurecer, um barulho de correntes, seguido de latidos, parecia acompanha-las. Do meio do mato surgiu, então, um cachorro que tentou avançar nelas e sob o mesmo barulho das correntes, latia insessantemente.
As três voltaram pra casa, e chamaram a mãe delas, que acompanhou-as até o local onde novamente o cachorro surgiu. De alguma forma, a bisa Inocência conseguiu perceber que aquele cachorro era o sultério, um homem que tinha morrido há um tempo atrás, inconformado... Desde aquele dia, minha avó nunca passou ali só com as irmãs...
Contam também, que depois de mais velha e já viúva, umas das irmãs da vó, a tia Tirde, passava por aquele caminho pra ir embora da casa do biso, e toda noite aquele cachorro acompanhava ela por um longo trecho, as vezes brigando com o próprio cachorro dela. As vezes, sumindo e aparecendo do mato...


Vai dizer, tri a história né... Cresci ouvindo esses causos ^^ Outro dia escrevo outros... Vou pedir pra vó contar também =D

sábado, 23 de maio de 2009

Nada a declarar

Existem coisas que não podem ser explicadas. Outras, ninguém entenderia...

Não tenho muito o que falar... To sem ânimo pra escrever e sem idéias pra arriscar. Não tenho onde me esconder e nem alguém pra me procurar.
Fica ai a música que eu escutei enquanto escrevia e no fim da página dá pra curtir esse som...

Surfando Karmas & DNA
Engenheiros do Hawaii


Quantas vezes eu estive cara à cara com a pior metade?
A lembrança no espelho, a esperança na outra margem
Quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade?
Na falta de algo melhor nunca me faltou coragem
Se eu soubesse antes o que sei agora
Erraria tudo exatamente igual

Tenho vivido um dia por semana... acaba a grana, mês ainda tem
Sem passado nem futuro, eu vivo um dia de cada vez
Quantas vezes eu estive cara à cara com a pior metade?
Quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade?
Se eu soubesse antes o que sei agora
Iria embora antes do final


Surfando karmas e DNA
Não quero ter o que eu não tenho
Não tenho medo de errar

Surfando karmas e DNA
Não quero ser o que eu não sou
Eu não sou maior que o mar

Surfando karmas e DNA
Na falta do que fazer, inventei minha liberdade



Resolví deixar também o trecho de uma música bem conhecida do Djavan, que meio que resume uma parte de mim...


Amar é um deserto
E seus temores
Vida que vai na sela
Dessas dores
Não sabe voltar
Me dá teu calor

Vem me fazer feliz
Porque eu te amo
Você deságua em mim
E eu oceano
Esqueço que amar
É quase uma dor

Djavan



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tchururu... Oi!?

Alguém soluciona esse problema!? Foi o seguinte:

Eu e mais dois cancioneiros fomos a um restaurante, almoçamos e ao fim, o garçom trouxe a conta. R$ 30,00. Cada um de nós entregou R$ 10,00 ao garçom, que levou ao dono do restaurante, que se encontrava no caixa. Ao perceber a presença dos cancioneiros, o dono disse ao empregado:

- Bah, aqueles lá são dos Cancioneiros Literários!? Po, vo dá um descontinho pra eles... Prestigiando meu restaurante aqui... Bacana...

O dono devolveu então R$ 5,00 ao garçom para que esse repassasse o desconto aos clientes. Muito espertinho, o garçom pegou R$ 2,00 para sí, e devolveu R$ 1,00 a cada um dos cancioneiros. Sendo assim, com o desconto, cada cancioneiro pagou R$ 9,00 pelo almoço, totalizando R$ 27,00. Somando-se esse total aos R$ 2,00 no bolso do garçom, chegamos a R$ 29,00. Onde está o R$ 1,00 que faltou!?!?!?!?

Quem souber me responder, comenta ai ;) Quem não souber, comenta também!!!!




(Essa história é ficticia. Obviamente nenhum cancioneiro ganha desconto em restaurantes, pois provavelmente já está endividado em todos eles...)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Uma idéia breve...

Começarei me desculpando, pois ontem não pude postar pois estava sem internet e sem ideia. Hoje estou somente sem ideía. Pelo menos a internet ja ta boa!
Voltei pra casa escutando musica, como de costume, e um trecho de uma dessas músicas me fez parar. Me identifiquei com algo que não sei exatamente o que é... Talvez seja uma sensação que pode ser boa ou ruim... A sensação contrária ao dito popular. Diz-se que depois da tempestade vêm a calmaria. Pois é. O que me incomoda é justamente a sensação de que agora, na calmaria, a tempestadfe já está perto... Mas enfim, vou deixar ai o trecho!

Hoje o céu está pesado
Vem chegando o temporal
Nuvens negras do passado
Delirante flor do mal

Cometemos o pecado
De não saber perdoar
Sempre olhando para o mesmo lado
Feito estátuas de sal!

Hoje o tempo escorre nos dedos da nossas mão
Ele não devolve o tempo perdido em vão
Carlos Maltz



Pra quem quiser, o nome da música é Depois de nós, do Carlos Maltz (ex-baterista dos Engenheiros do Hawaii), mas a versão que eu escuto é com ele e com o Humberto Gessinger no Acústico dos Engenheiros!

Beijos e abraços

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sempre gostei de cicatrizes...

Assisti ao vídeo da minha formatura hoje à tarde. Cada colega que aparecia na tela aumentava o nó na garganta. Cenas de alegria. Descontração. Palhaçadas. Tensão. É, estávamos todos nervosos naquela quinta-feira. Vestindo belos vestidos e ternos, tentávamos esconder a mão trêmula e o suor frio. Um por um, fomos chamados ao palco. Recebemos o diploma. As palmas. Os abraços. Os flashes. O carinho... Chegou a hora do discurso, e nossos sentimentos não poderiam ter sido melhor traduzidos pelo Teixeira e pela Rê. Comentaram situações, fizeram agradecimentos, e no fim, quando em coro a turma completou o último verso do texto, aquele nózinho que foi crescendo se transformou em lágrima e rolou pelo meu rosto até tocar o chão.

Que saudade... Não vou ser hipócrita. Não tenho saudade de tudo. Sinto falta da convivência diária com meus bons e eternos amigos. Também não vou dizer que gosto de todos e que vão ficar pra sempre na memória. Quem já está guardado a sete chaves na minha mente, pra nunca mais sair, sabe... Aquele alívio pós-formatura teve seu auge na festa, no salão da AMRIGS, e desde então vem pouco a pouco se transformando em passado. Memória. Páginas viradas. Não podemos voltar no livro da vida e reviver aquelas páginas, mas ainda podemos escrever novas linhas com aqueles velhos e conhecidos personagens. Sinceramente, alguns ainda continuam estrelando minha história. Muitos a estão protagonizando. Com outros, ainda tenho vontade de escrever...

Quando olho para trás, vejo minhas próprias pegadas no chão. Essas pegadas são como cicatrizes na terra. Marcas que sempre estarão ali para serem lembradas. Essas pegadas são como cicatrizes no meu corpo. Cada uma com sua história. Cada uma à seu tempo. Todas eternas. Nenhuma insignificante o bastante para que não seja lembrada.

Thiago M. Lacerda

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tempo bom

Caminhava na Venâncio Aires, como de costume, quando nos meus ouvidos, Duca Leindecker começa a dizer "Se alguém já lhe deu a mão e não pediu mais nada em troca pense bem, pois é um dia especial". Seguí o conselho, e pensei nisso... Todos os meus dias tem sido especiais, porque apesar dos problemas, sempre tenho alguém pra me dar apoio ou pelo menos me distrair. E aproveitando o assunto... Fim de semana mara!!!!
Ã... bom... Seguindo com a música... Veio então o trecho "Mas te vejo e sinto o brilho desse olhar que me acalma e me traz força pra encarar tudo". Na hora, várias pessoas me vieram na mente, e não preciser ver ao vivo seus olhares (alguns em especial, mais lembrados que outros), pois só a lembrança de tudo que vivemos, as vezes situações que pros outros sejam insignificantes, já me animam... E pra fechar né, tava chegando na José Bonifácio nessa hora, sob um belo sol pós-chuvinha, envolto no frio característico de Porto Alegre e escutando Um dia especial. Muito bom!

Vou deixar aqui a letra da música ;D

Um dia especial
Cidadão Quem

Se alguém
Já lhe deu a mão
E não pediu mais nada em troca
Pense bem, pois é um dia especial
Eu sei
Que não é sempre
Que a gente encontra alguém
Que faça bem
E nos leve desse temporal
O amor é maior que tudo
Do que todos até a dor
Se vai
Quando o olhar é natural
Sonhei que as pessoas eram boas
Em um mundo de amor
Acordei nesse mundo marginal

Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar
Que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar
Que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
O amor é maior que tudo
Do que todos, até a dor
Se vai quando o olhar é natural
Sonhei que as pessoas eram boas
Em um mundo de amor
E acordei, nesse mundo marginal

Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar
Que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar
Que me acalma
Me traz força pra encarar tudo...

Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar
Que me acalma
Me traz força pra encarar tudo
Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar
Que me acalma
Me traz força pra encarar tudo!


Vi no blog do Piangers há pouco uma enquete com o seguinte título: Qual o sentido da vida?. E entre outras, existia a opção Geralmente o sentido contrário ao que eu vou. Óbviamente, escolhí essa opção, e achei interessante deixar isso aqui... Apesar de ser levada num tom de humor, é uma frase a se pensar...

Abraços e beijos a todos!

domingo, 17 de maio de 2009

25 coisas que aprendí vendo chaves (original: ImagiNando!)

Pô, vi esse post no blog do Nando, e não tive como não postar aqui. Lembrando, que não fui eu quem escreví =) O original ta no ImagiNando!

  1. Seria muito melhor ter ido assistir o filme do Pelé.
  2. As crianças mexicanas tem rugas.
  3. JAMAIS enconstar em alguém que esteja tomando um choque
  4. Seu Madruga paga o aluguel todos os meses. Por isso sempre deve 14 meses, não 15, 16, 17...
  5. Brasilia já foi carrão.
  6. Pessoas bebem leite de burra.
  7. Existe uma fruta chamada tamarindo.
  8. O Quico é emo.
  9. A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.
  10. As tintas verde-limão são as mais baratas no México.
  11. Trabalho não é a pior coisa do mundo. Pior é ter que trabalhar.
  12. Azul escuro em inglês é blue marinho.
  13. Deixar uma casca e banana no chão pode causar um grande acidente.
  14. Alguns móveis são feitos de isopor.
  15. Portas também.
  16. Socos têm barulhos de sinos.
  17. Leite é muito parecido com cimento.
  18. “Quero ver outra vez seus olhos olhinhos em noite serena” é a talvez a única música mexicana que metade da população brasileira conheça.
  19. Uma caveira significa prerigo. PRE-RI-GO.
  20. Ninguém tranca as portas nas vilas mexicanas.
  21. As pessoas boas devem amar seus inimigos.
  22. Deus é um cara legal por não deixar as vacas voarem.
  23. Pirulitos podem ter o tamanho de raquetes de tênis.
  24. Se você é jovem ainda um dia velho será.
  25. Se capivaras tivessem trombas seriam trapezistas em um circo tchecoslovaco.
É que né... Quem nunca viu Chaves né!? (se alguém responder "eu", esse alguém não teve infância). Abraços Nando, desculpa a cópia :p

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Quem é que manda aqui!?

"Estou me lixando pra opinião púbica"

Não compreendo porque tanto alarde em torno de meia dúzia de palavras. Por um acaso, alguém tinha ou ainda tem dúvida quanto a veracidade de tal frase? Pelo menos eu não. Essas palavras sempre acompanharam os nossos políticos, com a única diferença de que antes era somente em pensamento. Mas isso também não faz muita diferença. Falando ou não o que pensam, o que importa é os atos que cometem, ou deixam de cometer. Por que um patrão teria medo de dizer que não se importa com seus funcionários? Ele quem manda... Patrão? Teoricamente, o povo é o patrão. Teoricamente...

O povo não manda nada. Obviamente, ainda temos o poder de tomar decisões. Podemos escolher a marca de leite que vamos comprar, em que lado da calçada podemos andar, o menos pior político a nos representar... Alguns, sequer compram leite... Outros, se quiserem, podem abrir suas torneiras de ouro e beber leite, ou refrigerante, ou champagne... Esses outros sim mandam! E se mandam, porque temeriam a opinião pública?

Não! Isso é mentira! O povo manda no país, e o Brasil é independente, democrático! Me digam um momento em que o Brasil foi independente desde 1500. Nem cito a democracia. Somente independência. Difícil . Pois é. Colonia. Império. Ditadura. Depois de passar por tudo isso, chegamos aos dias de hoje, vivendo sob o jugo dos novos monarcas, que se elegem sob a proteção de uma falsa democracia (é, não ia ter como fugir da democracia). Existe remédio contra essa monarquia?

Não quero ser sugestivo ou influenciador, mas no fim do século XVIII os franceses encontraram um remédio...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sem idéia!

Post rapidinho agora... Só vou deixar mais uma frase legal de se pensar, e o resto da música dos Engenheiros.

O mundo é uma tragédia pra quem sente e uma comédia pra quem pensa...
Canibal vegetariano devora planta carnívora (2ª parte)
Engenheiros do Hawaii

Eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
tudo andava tão caído...
eu andava por aí
sem rumo:
sem rima nem refrão
em resumo:
não tive culpa nem perdão

Eu tive um pesadelo
tive medo quando acordei
tudo faz sentido
agora que tudo acabou
o céu andava meio caído
antes mesmo de desabar
turistas vorazes
voyeur
levavam pra casa
desertos e oásis num vídeo cassete

Anjos em queda livre
o céu abaixo do nível do mar

Foi só um pesadelo
um peso pesado caído na lona
o castelo de areia desmorona
paz na terra em transe profundo

Foi só um pesadelo
paz
na terra
em transe
profundo

CONTRA A TRADIÇÃO: A CONTRADIÇÃO
overdose homeopática
ode ao que se fode
humildade
com "H" maiúsculo e dourado
enfant terrible veterano
calendário eterno
fuso anti-horário
luz difusa
confusa explicação
tara relax
safe sex
disneylândia dândi
a grande guerra
pantanal new age
bacanal cristão
fanatismo indeciso
fanática indecisão
em resumo:
Etc e tal...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Outra vez a chuva

Ai ai... Dia não mtu bom hoje -.- Manhã um pouco entediante... Tarde corrida... E fim de tarde mega-ruim... Saí da casa da Dani, lá pelas 5h30min, e fui em direção a Assis Brasil. Tava precisando pensar, tirar um tempo pra pensar exclusivamente na minha vida... Decidi ir a pé. Continuei caminhando, e perto de chegar na Av. do Forte, começou a chuva... Violão nas costas e fone nos ouvidos, seguí em frente. Ao passar a "Figueira da Brasil com a do Forte", simplesmente perdí a noção... Literalmente, me afundei nos pensamentos...
Minhas pernas se moviam, mas a minha cabeça estava em vários lugares, pensando sob a trilha sonora de "Canibal vegetariano devora planta carnívora", entre outras... A certa altura, olhei em volta. A chuva ainda caía, as ruas estavam cada vez mais vazias e eu... estava enxarcado. Pensei em várias frases interessantes, mas estava sem caderno, e já não as lembro. Seguindo meu caminho, entrei em ruas que eu nem conhecia, e fui criando meu caminho até chegar na Alberto Pasqualine, onde a rota já estava traçado. O resto foi tranquilo, apesar da mijada da mãe ("tu é louco!? Vir a pé de lá essa hora e ainda na chuva!?")...
Vou deixar aqui uma frase interessante e um trecho da música que citei acima (em outro post eu deixo o resto. Ela é bem longa).

"Toda catedral é populista, é pop, é macumba pra turista. Mas afinal, o que é rock'n'roll? Os óculos do John? O olhar do Paul?"


Canibal vegetariano devora planta carnívora
Engenheiros do Hawaii

Eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
do alto de uma torre
eu vi a terra
em transe profundo
todo mundo era poeta
todo mundo era atleta
todo mundo era tudo
"DO IT YOURSELF", diziam
"O CÉU É' O LIMITE", acredite

Era um pesadelo
não consigo acordar

Eu tive um pesadelo
tive medo de não acordar
eram várias variáveis
um vírus voraz no computador
sem rumo:
na contramão do fim da história
em resumo:
o sonho é OVER (OVERNIGHT)

Era um pesadelo
não consigo acordar

O SUPRASUMO DA CONTRADIÇÃO
clichês inéditos
déja vu nunca visto
esquerda light
diet indigestão
jagunço hi-tech
perua low profile
cabelo vermelho Ferrari
jóia rara para a multidão

...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Encontros e reencontros...

Estava eu caminhando na José Bonifácio hoje de manhã, pouco antes das nove, quando começou a chuva. Com os pingos já marcando meus ombros, olhei ao redor, e de súbito, me veio a frase "Primeiro a chuva fina"... Imediatamente tirei o caderno da mochila, e abaixo de chuva mesmo, comecei a escrever enquanto caminhava. Durante o trecho que vai até a João Pessoa, escrevi a primeira estrofe, enquanto as demais foram escritas posteriormente, durante o intervalo do curso. Eis aqui o poema ao qual acabo de dar nome:

Arauto

Primeiro a chuva fina,
depois grossos e esparsos pingos
molharam as árvores sobre minha cabeça
e umedeceram o chão sob meus pés.
O cheiro de chuva invadiu minhas narinas,
enquanto as pesadas nuvens de medo escureciam a visão.

As árvores, antes imóveis, pareciam tremular
perante a tempestade que se aproximava.
A água que caia parecia lavar minha alma
e escorrer meus medos e sonhos.

Na Redenção, não havia viva alma
e sinceramente, não sei se eu o era...

Thiago Lacerda


Na volta, a chuva estava ainda mais forte. Encontrei um ex-professor meu, da época em que eu estudava no Anne Frank (Cidade Baixa e Bom Fim me lembram sempre...), o professor Getúlio. Conversamos rapidamente, e ele me lembrou de uma história que a principio, pode parecer até boba, mas é um lembrança interessante, que a professora Cláudia também me lembrou da última vez que a ví. Nada de mais... Passeio com a turma, lanche no McDonalds da Praça da Alfândega sentado na mesa do sor Getúlio e da sora Cláudia, batendo papo direto... Sora Cláudia, uma das melhores professoras que eu tive. Geografia e História. Com certeza, uma influência legal pro que tenho escrito...

De tarde, apresentação dos Cancioneiros lá no Dom Bosco, pra turma 83, a qual eu e o Xera já conheciamos de outra apresentação. Falamos sobre tudo, e o mais importante, foi o "batismo" do Nando. Primeira apresentação, e com toda a certeza posso dizer: É o melhor tecladista que os Cancioneiros já tiveram!!! Eu, Xera, Nando, Preto e uma gurizada viajante... Podia dar errado!? xD

Beijos e abraços!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

De volta aos ônibus lotados!

Quando 2008 acabou, e logo veio a formatura do ensino médio, a ansiedade me batia a cada momento me dizendo que dali em diante tudo seria diferente. Dias e mais dias livres pra fazer o que quisesse. Sem celular despertando as 6h da manhã. Sem provas e trabalhos. E principalmente: Sem compromissos. Essa realidade perdurou pelas férias de verão. Voltaram as aulas pra grande maioria, e ainda assim essa sensação de liberdade durou 1, 2, 3 dias... No 4º dia nasceu o tédio, que se estendeu pelo 5º, 6º, 7º, 8º, 20º...
Depois de longas e quase estressantes (over)doses de ócio, comecei meu curso de web design no SENAC Informática, e completei todo o horário livre pras minhãs manhãs, antes ocupado pelo sono:

6h20min- Acordar, tomar banho e se arrumar;
6h40min - Sair de casa com a irmã chata, e pegar o B56 em direção à Assis Brasil;
7h25min - Chegar na Assis Brasil, e ir com a Larissa até a esquina do colégio; Voltar e pegar o B56;
7h55min - Descer no fim da linha do B56, caminhar até uma outra parada na Protásio Alves, e esperar um ônibus que vá até a Osvaldo Aranha.
8h40min - Desembarcar do ônibus (normalmente 490, 495 ou R41) na frente do HPS, e caminhar toda a Venâncio Aires, passando pela Santana, João Pessoa e Lima e Silva.
8h50min - Sentar no banco da frente do SENAC Informática, ler um pouco e entrar na sala 404.
12h - Sair do SENAC, e fazer o trajeto inverso, pegando o ônibus na frente do HPS e voltando pra casa.

Ou seja, minha manhã foi completamente tomada de compromissos. Muito bom. Era o que eu queria, não era? Remédio para o tédio? Ocupação. Tudo bem... Mas na quarta-feira, algo aconteceu... Um pouco atrasado para pegar o ônibus na Protasio, peguei o Manoel Elias (495) excepcionalmente lotado para o horário. Me senti apertado. Me senti numa lata de sardinhas. Me senti feliz. Feliz!? Todo mundo reclama dos ônibus apertados, e eu me sentí feliz!? Parece estranho, mas desde o ingresso no Pallotti eu não vivenciava um ônibus lotado antes de um compromisso. Vida facil: Pegava o ônibus no fim da linha, ia sentadito. Na volta, era um horário vazio, voltava sentadito.
Me lembrei da época do Anne Frank, 18h30min, depois de 6 períodos no lombo, pegando o ônibus em direção ao centro, pra voltar sentado, porque se pegasse direto pra casa, cruzava o trajeto todo em pé no ônibus, e os raros lugares só apareciam quando eu tinha que descer... Me sentí vivo de novo... Depois de meses de ócio puro e simples, é muito bom ter uma rotina de novo, ter compromissos... Obviamente, tudo que é demais enjoa, e talvez daqui a alguns meses eu esteja nesse mesmo blog reclamando da vida, mas aí faz parte...

sábado, 9 de maio de 2009

Você me faz continuar ♪

Atlântida Festival... Melhor evento do ano desde o Planeta... pena q teve gente q n pode ir -.- Ms msmo assim, as parcerias tavam maras =D Saída da Assis Brasil com a Karine e a Camila lá pelas 15h30min, a partir dai, tudu foi tri^^
FIERGS super lotada, tudo caro, e show um pouco entediante (pra mim, que não conheço muitas musicas) do NX Zero e Fresno, mas apesar disso, simplesmente excelente!! No Capital Inicial, sem chance de ficar parado -.- E o show do Armandinho então!? 4 e tantas da madruga, chega o cara lá no palco, e a gurizada do nada acorda! Parecia inicio de show... Po, escutar a musica mais maravilhosa que eu tenho ouvido ultimamente, "Outra vida", do lado da Camilinha e da Kah foi mtu bom ^^
Gurias, mataram a pau ;)
Fora o resto do pessoal que né, tbm tavam mtu balas! Delmo, Ronaldo, Cesar, Vicky, Dani, Amanda, Anny, Gi e por ai vai...

Mudando de assunto...

A cada semana, os prós e os contras me martelam a cabeça... Mas hoje, um baita dum pró veio... Vou explicar melhor a história...

Depois de ter chego do AF 6h30min em casa, tomei banho e me larguei na cama... Acordei mega atrasado, e vi no celular uma mensagem do Teixeira:

Hoje vai ser a escolha dos dindos. Nao falta!

Mas na hora, como tava atrasado, nem dei muita bola... Fiz umas torradas (pra variar, o almoço não tava nem sendo processado na mente da mãe xD), me arrumei e me fui... No ônibus, entre um pensamento e outro, me veio a mensagem... "Putz, e agora, quem eu vou escolher!?" por inúmeros fatores fui "eliminando" candidatos, mesmo por que, pra variar, eu nunca lembro de todo mundo que vai. Tinha ficado só com um, quando me surgiu na mente aquela menina bochechuda que usava camiseta dos beatles... "Fechou... É ela".
Na hora da escolha, não deu outra: Escolhi a Pati!!!
Pelo que ela me disse, a minha escolha surpreendeu ela (assim como à maioria... Quase todos me disseram que acharam que eu iria escolher o Xera), e a reação dela me surpreendeu mais ainda. Pensei que seria meio que "Tá, que tri, me ecolheu e tal. Abraços, e deu", mas novamente percebí que eu tinha errado... E pra falar a verdade, espero ainda estar errado sobre muita coisa.

Pati, tu revitalizou minha vontade de continuar!!!!! Te amo dinda ^^




Hoje não vai ter nenhuma crônica nem poema (é, faz algum tempo que não escrevo poemas, mas talvez essa recaída que meu deu na madrugada de sexta pra sábado ajude um pouco. Ah, pois é, eu falo da recaída em outra ocasião, mas não se preocupem, não tomei outro porre xD), mas acho que durante essa semana já escrevo alguma coisa... To com dois assuntos pendentes ;)


quinta-feira, 7 de maio de 2009

Receita de amigo...

Tava indo pro SENAC hoje de manhã, quando coloquei a mão no bolso do casaco e encontrei um papelzinho meio dobrado, meio amassado. Escrita e letras azuis, vinha a seguinte mensagem:

Eu quero lhe ver
é rindo!
Remédio pra tristeza
e mágoa
é prosa com amigo

xD
Teixeira
2008


Me lembro exatamente da cena: Eram pouco mais que sete horas. Tava frio na rua, e eu, cabisbaixo, vestindo o mesmo casaco preto em que encontrei o bilhete, estava parado frente ao banco do Pallotti, banco este ocupado por várias pessoas, entre elas, o Teixeira. Nos últimos dias eu tinha andado bem triste (talvez quem lembre disso, no fim do ano passado, saiba o motivo, mas não cabe comentar aqui porque não envolve só a mim), e naquele dia não foi diferente. Quando, do nada, o Teixeira pegou o caderno dele, escreveu algo, e botou no meu bolso, ao que na mesma hora tocou o sinal. Lí o bilhete enquanto subia as escadas, e, apesar de não ter solucionado o problema que me entristecera, foi bem acolhedor, e é algo que até hoje lembro e me conforta, por saber que eu tenho um amigo que sempre vai estar ali quando eu precisar...

Obvio que não precisa me dar bilhetinhos pra eu lembrar da pessoa neh xD Ms esse bilhete me fez pensar hoje em quão grande são as amizades que eu já fiz e que tenho feito nos ultimos tempos... Algumas tem evoluido bem rápido, e estão tomando um rumo que sinceramente... estou curtindo ^^



Pow, bombardeio d posts hoje neh xD Ms eh q amnhã muito provavelmente não haverão posts, porque tem Atlântida Festival!!!!!! Levar a Larissa no Pallotti, ir pro SENAC, colocar crédito no TRI, encontrar o pessoal e se largar pra FIERGS... Nem sobra tempo ;)




Costeletas e flores

Cada vez mais chego a conclusão de que nascí na época errada... Sei lá, cheguei atrasado ou algo parecido... Gosto de escrever cartas e dar flores, dou lugar no ônibus a alguns velinhos, uso costeletas e escuto musicas (bem) antigas, algumas da época da minha vó. Não tem nada a ver com ser Don Juan ou bom samaritano (apesar de Don Juan ser uma boa opção), aliás, bonzinho é algo que definitivamente eu não sou (Teixeira e sora Ana que o digam né... "Sem creche =D"). Como diria Cazuza: "Não tenho tempo pra milindres, filhos, gente com medo...".
Na verdade, não tenho nada de Don Juan, mas talvez de Dom Quixote... Costumo simpatizar com causas utópicas, perdidas, e como já me disseram várias vezes, amo seres idealizados, pessoas que estão ali, mas que não são de verdade como a minha mente insana me faz vê-los...

Bom, eu vou parar por aqui porque não curto muito auto-análise... Deixo ai uma música tri, seguindo bem a temática desse post ;)

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Dom Quixote
Engenheiros do Hawaii

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
na ponta dos cascos e fora do páreo
puro sangue, puxando carroça

Um prazer cada vez mais raro
aerodinâmica num tanque de guerra,
vaidades que a terra um dia há de comer.
Ás de espadas fora do baralho
grandes negócios, pequeno empresário.

Muito prazer me chamam de otário
por amor às causas perdidas.

Tudo bem, até pode ser
que os dragões sejam moinhos de vento

Tudo bem, seja o que for
seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas

Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
muito prazer, ao seu dispor

Se for por amor às causas perdidas
por amor às causas perdidas

terça-feira, 5 de maio de 2009

A violência travestida faz seu trottoir

Nesses tempos difíceis, que para muitos já duram décadas, as soluções são procuradas com todas as forças, mas estas parecem que não querem ser encontradas... Um dos objetivos mais comentados é o de investir hoje na educação, para criar os bons cidadãos de amanhã. Uma solução pro futuro. Uma solução falha... Hoje em dia, toda tentativa de melhoras é frustrada por um inimigo que existe no mundo inteiro, mas que é forte particularmente no Brasil e demais país do Novo Mundo: A violência.
Os valores aqui estão completamente trocados. A violência tomou o lugar da educação, e entrou pelos rádios, TVs e computadores de nossas crianças, dominando até as classes mais altas da infância brasileira. A violência está nos nossos olhos, nos nossos ouvidos, na nossa porta. Os funks estão ai, em cada mp3, mp4, iPod ou celular, muitos incentivando o uso de drogas e atos violentos através de palavras chulas e batidas envolventes. As grandes gangues do tráfico já ganharam sua versão kids, sua escolinha, na forma dos bondes. Realidade resumida nas linhas de Humberto Gessinger que dizem “A violência travestida faz seu trottoir em armas de brinquedo...”
Então, qual é a solução!? Investimento mútuo. Combater a violência na rua e nas escolas, enquanto se mostra às novas gerações o mal que esse inimigo plantou por aqui. Um investimento caro , sim, mas completamente possível não fossem os gastos exorbitantes com os funcionários dessa empresa falida e caótica que calorosamente adotamos como pátria. Se o salário dos nossos políticos fosse algo um pouco mais próximo do real, o governo teria dinheiro de sobra para qualquer investimento necessário, afinal, os impostos mais caros da Terra tem que servir para alguma coisa...

Thiago Lacerda

E falando em políticos e impostos caros, acho que vale a pena ver esse video perfeito do Luís Carlos Prates, do Jornal do Almoço de Santa Catarina:



segunda-feira, 4 de maio de 2009

As vezes, mudar é bom...

Deixando pra traz a trilha de impessoalidade, seguirei escrevendo algumas coisas mais banais... mais diárias ;) E exporadicamente (praticamente uma vez por semana, como sempre fiz) posto alguns textos ou poemas...

Ansiedade pro Atlântida festival, pra começar o curso, dúvidas, dúvidas e mais dúvidas... Com absoluta certeza, posso dizer que trocaria tudo pelos meus amigos, mas... ideologia é uma coisa bem dificil de se pesar... Alguns (quase) fatos novos tem pesado bastante um dos lados da balança, enquanto o outro lado, que permanece inerte há anos, vai pouco a pouco caindo, algo que me alegra e entristece ao mesmo tempo...

Seguindo também o exemplo do post anterior, vo colocar uma música que eu tirei no violão hoje e sei lá, curtí bastante, porque se prestar bem atenção, ela não fala só de amor, mas sim da esperança de que a desejada história de amor vire realidade (é... e disso pode crer que eu entendo...).

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Outra vida
Armandinho

Talvez não seja nessa vida ainda,
mas você ainda vai ser a minha vida,
então a gente vai fugir pro mar,
eu vou pedir pra namorar,
você vai me dizer que vai pensar,
mais no fim vai deixar.

Talvez não seja nessa vida ainda,
mais você ainda vai ser a minha vida,
sem ter mais mentiras pra me ver,
sem amor antigo pra esquecer,
sem os teus amigos pra esconder,
pode crer que tudo vai dar certo.

Uebaueiôôôô...

Sou pescador, sonhador, vou dizer pra Deus nosso Senhor
Que tu és o amor da minha vida,
pois não da pra viver nessa vida morrendo de amor.

Talvez não seja nessa vida ainda,
mais você ainda vai ser a minha vida,
e uma abelhinha vai fazer o mel,
estrela dalva vai cruzar no céu,
o vento certo vai soprar no mar,
pode crer que tudo vai dar certo.

Uebaueiôôô...

Sou pescador, sonhador, vou dizer pra Deus nosso Senhor
Que tu és o amor da minha vida,
pois não da pra viver nessa vida morrendo de amor.

Uebaueiôôô...

Sou pescador, sonhador, vou dizer pra Deus nosso Senhor
Que tu és o amor da minha vida,
pois não da pra viver nessa vida morrendo de amor.

Uebaueiôôô...Uebaueiôôô...Uebaueiôôô...

Uibanhêêêêê...Nhônhôôô...

Você acredita numa outra vida, só nós dois?

Pode crer que tudo vai dar certo.

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Até que fechou comigo um pouco... Uma parte dessa letra prova o que eu falei sobre os lados da balança...

Por fim, uma frase de outra música (talvez eu poste ela daqui a alguns dias)...

I change my mind a la recherche du temps perdu

Eu mudo minha mente pra recuperar o tempo perdido

Mais uma vez o lados da balança... Mas explicar isso ai é pra outro post, daqui a algumas semanas talvez...