terça-feira, 20 de outubro de 2009

De volta às crônicas

Outro dia, sentado num banco em frente ao diretório do prédio 5 da PUCRS, lí uma frase marcante que havia sido pintada também nas paredes do Instituto de Letras da UFRGS. Pra que(m) serve teu conhecimento? Li-a em voz alta, e imediatamente recebí a resposta de um amigo sentado ao lado: Pra poder trabalhar bem e ganhar dinheiro. Como que por reflexo, utilizei-me de uma expressão que aprendí com a minha dinda e que traduz bem o que essa resposta me trouxe. Disse simplesmente "que triste".
Que coisa mais triste pensar que todo o conhecimento que adquirimos durante uma vida inteira serve somente para recebermos pedaços sujos de papel. Horas e horas das nossas vidas por uma tira de papel tingido. Saber que nossos sonhos, nossos castelos e o nosso mundo de encantos onde tudo é belo (como diria Tim Maia) construidos lentamente não nos servem de moradia. Servem pra alugarmos para idéias alheias. Nossos inquilinos tem mais dinheiro, e sem eles não podemos sustentar essa linda mansão que construimos sem a minima utilidade.
Não podemos mais manter nossos ideais. Na verdade, ter uma ideologia já é demodê. Pensar e agir é coisa do passado. É tempo de ser igual. Tornar o mundo uma só massa popular... sem massa encefálica. Que triste...
Thiago M. Lacerda

Um comentário:

  1. Eu tbm tenho usado bastante a expresão "que triste", e que por acaso também aprendi com a minha dinda... .-.
    Tbm tem a expressão "coitado" ou "que pena".. mas em fim, a Laura tem muitas expressões do tipo. xD

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