sábado, 24 de janeiro de 2009

Iluminação onde o brasileiro é mais assaltado


Milhões de reais circulam pelo país diariamente, e ainda assim temos centenas de pessoas da faixa da miséria. O que é isso? Excesso de azar? Dinheiro fujão? Se ainda acreditam em contos de fadas, podem escolher alguma dessas opções e sentar no sofá pra assistir ao Zorra Total no seu fim de sábado. Mas se, como eu, procuram uma verdade, ou melhor, uma solução verdadeira, talvez seja interessante ler esse texto até o fim.

O Brasil é o país com a maior taxa de impostos do mundo, mas mesmo pagando cerca de 75 impostos em cada produto que se compra em território nacional, o brasileiro não está nem perto de ser o cidadão mais bem “servido” por seus governantes. Todos os benefícios proporcionados pelo governo federal, que insiste no erro de dar o peixe e nunca ensinar a pescar, são falhos. Os colégios sucateados são a verdadeira representação da educação carente do país, o que nos leva a crer que nada mudará nas próximas gerações. O SUS não serve à saúde do povo como deveria e o INSS mantém os aposentados sobre a corda bamba.

Todo o dinheiro recolhido nos impostos vai diretamente para o governo, que o divide erroneamente, pagando altos salários e inúmeros benefícios aos políticos corruptos que não trabalham nem 5 dias por semanas, enquanto os professores , que deveriam educar os cidadãos para um dia mudar o país, e os policiais, por exemplo, vivem com um salário de miséria, ocupando seu tempo e arriscando-se dia a dia em prol de um futuro melhor. Numa situação dessa, qualquer um seria facilmente corrompido.

Com certeza, a má distribuição de renda é o que afunda qualquer plano de melhoras futuras e mantém submersas as grandes mentes que salvariam nossa sociedade. O que precisamos para viver? Uma bomba atômica? Um golpe militar? Uma política separatista? Sentar e ver TV? A resposta certa eu não sei, mas tenho certeza que a última opção não fará mais do que torná-lo pobre, burro e sedentário.


Thiago Lacerda




domingo, 18 de janeiro de 2009

E a hipocrisia existe até em “sociedades filantrópicas”...

O grupo chamado Cancioneiros Literários nasceu nos corredores do famigerado Instituto Vicente Pallotti, colégio privado da Zona Norte de Porto Alegre. Como integrantes de um movimento literário incomum que nasceu no âmago de um mal projetado sistema escolar, os cancioneiros deveriam se orgulhar de sua origem e sentir honra do colégio que lhes proporcionou espaço durante algum tempo. Mas a história não aconteceu bem assim...

Na verdade, a diretoria do colégio sempre teve certa aversão ao grupo (assim como parece ter aversão a qualquer forma de pensamento fora dos padrões ou que possa trazer inovação ao nosso tão querido colégio pré-histórico). Desde a criação do grupo, os diretores da escola impunham barreiras ao grupo, que se manteve durante meses com apresentações apenas nos períodos da professora Ana Charão, ainda assim, com dificuldades em relação a espaço de espera antes das apresentações e entrada de instrumentos no prédio.

Sempre foi preferida a hipocrisia e o menor esforço ao apoio institucional e incentivo ao pensamento na sociedade, e no lixo cultural do Pallotti não era diferente, pelo contrário, a situação parecia estar mais agravada. Mais dificuldades eram impostas aos Cancioneiros e estes sempre ultrapassavam-nas sem pestanejar, até que problemas pessoais dentro do grupo foram levados até o grupo diretivo do colégio, que aproveitando a situação, tratou de estancar por ali o fluxo pensador que começava a se espalhar pelas salas de aula e tomar a mente dos alunos. Foi dito que o grupo não apresentaria mais ali e nem em lugar nenhum...

Contrariando a “previsão” dos hipócritas de plantão do Vicente Pallotti, o grupo correu atrás, e em pouco tempo já se apresentava em instituições como Rádio da UFRGS, Colégios Mãe de Deus e Farroupilha e TV Unisinos. Por incrível que pareça, a hipocrisia alheia abriu as portas para os Cancioneiros Literários, que curiosamente, se esforçam para tirar a semente hipócrita da cabeça de pequenos leitores e que, como sempre se diz, são o futuro do mundo.

Dedico esse texto como forma de agradecimento a todos os Cancioneiros que se mantiveram até aqui, e aos que não se mantiveram, e também a todos que apoiaram o grupo.


Thiago Lacerda

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Tic-Tac

Durante grande parte do dia paro para pensar. Penso no amor. Penso na vida. Penso no Brasil. Penso no futebol. Penso na música. E penso em quantas centenas de coisas pode-se imaginar. E foi justamente pensando, não sei dizer exatamente no que, que descobri que momentos felizes só são felizes porque passam rápido, pois se demorassem a passar seriam tediosos e rotineiros.
As pessoas costumam reclamar que quando fazemos algo que nos dá gosto, os ponteiros do relógio voam, mas que no momento de “chatice” ou de tédio, o tempo demora a passar. Na verdade, essa relação entre prazer/desprazer e tempo é justamente o contrário. Como é de sua natureza, praticamente todo o ser humano é impaciente, e assim sendo, tem extrema dificuldade em lidar com situações prolongadas e que ocupam muitas horas de sua vida. Seguindo esse raciocínio, pode-se presumir que as coisas que acontecem rapidamente causam-lhe mais prazer, enquanto as coisas mais lentas causam-lhe maior desprazer.
Quanto mais demorada for nossa tarefa, mais atenção ela necessitará, mas cada vez mais nossa concentração ficará pior graças ao cansaço e à ansiedade de termina-la logo. As coisas rápidas, como “peladas” com os amigos, músicas ou até o recreio do colégio, são muito mais interessantes, pois, justamente por durarem menos tempo, encontramos mais coisas que nos chamam a atenção. Por exemplo, se você ficar parado durante 5 minutos em uma sala cheia de jogos, vai adorar e dizer que deveria ter ficado mais tempo, e que as coisas boas sempre passam mais rápido. Mas se ficasse 25 minutos, jogaria até cansar, e passaria o resto do tempo olhando para as paredes, sem nem querer ver os jogos, e diria, ao sair, que aquela situação tinha demorado muito.
Agora, mais uma vez, paro para pensar: Qual é a utilidade de tudo isso que acabei de dizer? Na vida real, existem situações rápidas e demoradas, e que muitas vezes não dependem de nós para terminar. Preste atenção agora, pois pode ser a única coisa realmente útil de tudo que foi lido: Viva a vida sempre procurando se interessar por algo. Os melhores momentos são os que estamos ocupados com coisas prazerosas. Após o trabalho ou depois da aula, ocupe-se, mas com algo que você gosta, pois assim esquecerá do tempo em que não se ocupou o bastante para se interessar...

Thiago Lacerda