segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Estúpido

Tenho medo...
Medo de morrer
De viver
Medo de ter medo
Medo de perder o medo

Medo de amar
De chorar
De sair do lugar

Meu medo se espalha no ar
Seguindo esse medo
Não sei onde vou parar...

Thiago M. Lacerda

domingo, 23 de agosto de 2009

Aquele que por último pisou nesse chão

Muito tempo se passou
E após cada queda
Levantar se tornava mais dificil
As feridas nunca cicatrizaram
E pouco a pouco foram tomando
O espaço onde antes só se via vida

Agora não há salvação
O medo já entrou no coração
O tempo escorre de minha mão
E a minha volta, todos seguirão...

Morre então,
Sob lágrimas salgadas
Aquele que viveu na contra-mão
O último romântico
Que conseguiu pisar nesse chão

Thiago M. Lacerda

Dê as costas

Jogue fora tudo que o mundo lhe deu
Pise no sentimento alheio
Cuspa nos seus próprios sentimentos
Dê as costas ao ombro amigo
Bata na mão que lhe deu apoio

Não tenha medo de errar
De magoar
Muito menos de chorar
Não tenha medo de fazer alguém chorar

Não se importe com nada
Mas tenha certeza,
Quando o mundo acabar
Você vai querer ver as estrelas...

Thiago M. Lacerda

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um pouco de imaginário no real...

Esta fábula ficou mais conhecida quando foi divulgada por Ronald Reagan, nos anos 70, quando era presidente dos Estados Unidos e, reduzindo a carga tributária, conseguiu aumentar a arrecadação nos EUA.

Esta é a estória da galinha vermelha que achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:

- Se plantarmos trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?
- Eu não. Disse a vaca.
- Nem eu. Emendou o pato..
- Eu também não. Falou o porco.
- Eu muito menos. Completou o ganso.
- Então eu mesma planto. Disse a galinha vermelha.

E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.

- Quem vai me ajudar a colher o trigo? Quis saber a galinha.
- Eu não.. Disse o pato.
- Não faz parte de minhas funções. Disse o porco.
- Não depois de tantos anos de serviço . Exclamou a vaca.
- Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego. Disse o ganso.
- Então eu mesma colho, falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma.

Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.

- Quem vai me ajudar a assar o pão? Indagou a galinha vermelha.
- Só se me pagarem hora extra. Falou a vaca.
- Eu não posso por em risco meu auxílio-doença. Emendou o pato..
- Eu fugi da escola e nunca aprendi a fazer pão. Disse o porco.
- Caso só eu ajude, é discriminação. Resmungou o ganso.
- Então eu mesma faço, exclamou a pequena galinha vermelha.

Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta.

De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço. Mas a galinha simplesmente disse:

- Não, eu vou comer os cinco pães sozinha.

- Lucros excessivos!. Gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista! Exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais! Bradou o ganso.

O porco, esse só grunhiu.

Eles pintaram faixas e cartazes dizendo Injustiça e marcharam em protesto contra
a galinha, gritando obscenidades. Quando um agente do governo chegou, disse à galinhazinha vermelha:

- Você não pode ser assim egoísta...

- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor. Defendeu-se a galinha.

- Exatamente.. Disse o funcionário do governo. Essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser, mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada.

E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha vermelha, que sorriu e cacarejou:

- Eu estou grata, eu estou grata.

Mas os vizinhos sempre perguntavam por que a galinha, desde então, nunca mais fez
porra nenhuma... Nem mesmo um pão



Esta fábula deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas brasileiras.
Quem sabe, assim, em uma ou duas gerações, sua mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-socialista, que insiste em assombrar nosso país e condená-lo à eterna miséria.

Qualquer semelhança desses bichos com alguns abaixo é mera coincidência:

Sem-Terra,
Sem-Teto,
Quilombola,
Com Bolsa-Escola e Sem Escola,
Puxa-sacos,
Cotistas,
Com indenização de Perseguido Político,
Sem bosta nenhuma,
Sem Vergonha...

Autor desconhecido

domingo, 16 de agosto de 2009

Via Láctea

Porque dentre tantas estrelas no céu,
Temos que nos fascinar por uma
E apenas uma?
Aquela que aos nossos olhos brilhas mais
É aquela que está mais longe da mão
É aquela que nunca vai sair do coração...
Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O que me trazes!?

Trago comigo os estragos do teu amor
Por entre os dedos
Se vê a saudade de ti
E em baixo de cada fio de cabelo
Está o medo de te perder
No reflexo triste dos meus olhos
É visível o mal que o tempo me fez

Mas assim como o amor e ódio andam juntos
Meu mal está lado a lado com a minha felicidade
E nenhum obstáculo vai findar o meu caminho...

Thiago M. Lacerda

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Medo

Se um dia sentir um vulto deplorável ao seu lado
Não se preocupe, sou eu

Quando escutar o barulho do vento entrando pelas frestas
Não se preocupe, sou eu

No exato momento em que perceber que a noite se estende
Não se preocupe, sou eu

Mas se alguma vez você sentir um aperto no peito
Um arrepio cruzar seus braços
Um nó na garganta
E as veias do pescoço latejando
Tenha muito medo, pois estarei em ti...

Thiago M. Lacerda

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Caos

A chuva não está caindo
A noite está lá fora
O vento não me ataca
E o frio não me alcança
Então porque o medo ainda está aqui?

Não escrevo numa manhã fria e solitária
Tampouco caminho sob a luz da lua
E mesmo sentado no calor do meu quarto
Ele consegue entrar pelas frestas
Atravessar as portas e paredes
E me atacar no peito

Não sei o que faço
Fugir pode não ser mais a solução
Assim como encarar pode me deixar no chão
E não sei se dessa vez posso levantar...

Thiago M. Lacerda