segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dos olhos fundos

No espelho, aquele rapaz
Com seus olhos opacos me mira
Sinto a dor do seu coração
No jeito fraco como respira

Ó, doce ilusão
De que um dia esses olhos brilharam
Nesse reflexo posso ver
Que as feridas nunca sararam

As olheiras profundas destacam
O que o olhar semi-aberto tenta esconder
A ferida profunda na alma
Que cada dia mais o faz adoecer

Sofre do mal de amor
A doença da insonia que rouba toda luz
Com uma corda no pescoço
Para o fundo do poço o conduz

A essa altura, saí da frente do espelho
Pois ja era alta madrugada
E depois de toda essa análise
A alma ainda teria que sofrer calada

Thiago M. Lacerda

2 comentários:

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