sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Não existe luau sem violão

É inevitável. Fim de ano anima qualquer um. Na verdade, o verão tem essa magia. Talvez seja o sol e o vento agradável, ou a proximidade com Natal ou Carnaval, mas que a alegria toma conta das multidões nessa época, isso ninguém pode negar. Mesmo aqueles que não vão pra praia, ou até os que passam o dia trabalhando, podem sentir esse cheiro diferente no ar. O aroma que enche os pulmões e redobra a energia é grátis, livre, e não vê credo nem cor.

O verão chega trazendo as expectativas pro ano que em breve começará. Paz, saúde, amor, dinheiro, corpo sarado. Quem não quer? Passam as sete ondinhas e derramam-se os champagnes, e cá estão as tão desejadas férias. Janeiro corre como a típica brisa suave de verão. Não existe janeiro sem descanso, assim como não existe praia sem mar, festa sem pegação ou luau sem violão. Não existe também fevereiro sem festa. Seja em Cidreira ou Salvador. Planeta Atlântida e Carnaval dominam o litoral, e de norte a sul o Rio Grande balança.

Praia, violão, fogueira, churrasco, mar, festa, futebol, caipirinha, volei, praça, sol, musica, mais festa, e festa, e festa... Quase um quarto do ano repleto de tudo isso e um pouco mais. Não necessariamente nessa ordem e intensidade, mas quase sempre com um pouco de cada. A estação dos amores rápidos, ou como já diz o termo popular, dos amores de verão pode, além de tudo isso, nos trazer de brinde um amor de verdade, que florescerá na primavera que chega. Assim como os amores, as amizades podem ser rápidas, ou com alguma sorte e talvez um toque do destino, tornarem-se fortes laços. É, o verão é realmente a estação de testes. Testamos amores e amizades, mentiras e verdades, e no fim ficamos somente com o que interessa, com o que pra acabar não há pressa. Mas, permeando tudo isso, o tempo se esgueira, e pouco a pouco nos leva ao fim, que também não deixa de ser o inicio.

Enfim chega março, e tudo vai voltando ao normal. O cheiro de alegria vai embora junto com a brisa e a maresia. Os violeiros abandonam a praia, enquanto as fogueiras apagam lentamente. A pele descasca, e com ela o verão se vai. Começa então o ano que, de uma maneira ou de outra, termina bem, pois o verão não tarda a chegar.


Thiago M. Lacerda

3 comentários:

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