Ví o filme todo, envolvido no frio ainda mais mágico que cruzava Porto Alegre naquela noite, bebendo um fumacento café com leite. Me sentí criança de novo. Lembrei-me das madrugadas vendo Dragon Ball e Samurai X. Das tardes brincando de Digimon e Shurato. Das horas e horas desenhando os personagens que me encantavam dentro daquela caixa louca. No colégio, era só esse o assunto. O pátio e as salas do Anne Frank, se tivessem ouvidos, estariam cansados de ouvir-nos falar sobre o último episódio de Inu Yasha ou sobre o mito do Dragon Ball AF.
Pensei em como era boa aquela vida, apressando o Tio André da van escolar pra chegar a tempo de assistir Dragon Ball Z. Essas eram as maiores preocupações: Não perder os desenhos e andar de bicicleta com os amigos. Mas um dia a gente cresce, mesmo que isso demore, e surgem os amores, as provas, as festas e os empregos, e toda aquela pureza da infancia se vai, porque a vida, que se torna cada vez mais dificil, vai calejando as pessoas, tornando-as insensiveis. Felizes são aqueles que ainda conseguem manter, mesmo que seja la no fundo, um pouco da criança que um dia foi.
Pelo menos um dia, é bom ser criança, cair, chegar em casa com as pernas roxas, com vontade de ver desenho, correr na praça e receber um xingão da mãe porque sujou toda a camiseta branca. Quem é criança sabe viver melhor, pois a inocencia e a sinceridade da infância podem solucionar todos os problemas.
Thiago M. Lacerda
Muitas vezes somos rabugentos, mas ainda acredito que temos bastante coisas dessa velha infância! xD
ResponderExcluirAi, amei esse texto! Até me emocionei lendo. Que saudade!
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